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Lula Defende Maduro E Diz Que Ninguém É Obrigado A Concordar
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As declarações feitas por Lula sobre a Venezuela e Nicolás Maduro receberam discordância por parte dos presidentes do Uruguai e do Chile.
- Por Anderson Santos
- 30/05/2023 22h02 - Atualizado há 1 ano
Nesta terça-feira, em uma coletiva de imprensa realizada após uma reunião com presidentes sul-americanos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou sua opinião sobre as críticas que fazem ao ditador venezuelano Nicolás Maduro, destacando que "ninguém é obrigado a concordar com ninguém".
Antes do encontro, Lula teve uma conversa com Maduro na segunda-feira (29). Em um pronunciamento público, Lula mencionou que a Venezuela tem sido alvo de "narrativas", referindo-se às alegações de que o país vive em uma ditadura.
"O Maduro faz parte deste continente nosso. Houve muito respeito com a participação do Maduro. Ninguém é obrigado a concordar com ninguém. É assim que a gente vai fazendo", disse o presidente.
Durante a reunião com os líderes sul-americanos, os presidentes do Uruguai, Luis Lacalle Pou, e do Chile, Gabriel Boric, manifestaram discordância em relação à visão de Lula de que se trata apenas de "narrativas" e não da realidade.
Ao ser questionado sobre a divergência de opiniões entre os presidentes, Lula enfatizou que a reunião em Brasília não tinha como objetivo formar um "grupo de amigos" e sim reunir os líderes para discutir a criação de um órgão conjunto entre os países.
Protesto contra a ditadura na Venezuela — Imagem: Reprodução
Lula reiterou seu posicionamento de que cada país é soberano para decidir seu próprio modelo político e lidar com questões internas.
Ele também destacou a importância de tratar a Venezuela com respeito, assim como qualquer outro país, e ressaltou a necessidade de os países da região decidirem se irão negociar como um bloco ou individualmente.
Protesto Em Brasília
Venezuelanos protestam contra Nicolás Maduro em Brasília — Imagem: reprodução
Enquanto o encontro entre Lula e os presidentes sul-americanos acontecia no Palácio Itamaraty, manifestantes venezuelanos se reuniram do lado de fora para protestar contra as condições enfrentadas em seu país sob o governo de Maduro.
Portando faixas, o grupo transmitia a mensagem: "Repressão + censura + tortura = democracia?". Essa mensagem também era direcionada ao presidente Lula, que afirmou que a Venezuela é uma "democracia" e é alvo de uma "narrativa política".
Ao adentrar o Itamaraty, Maduro não fez declarações. Ele foi recebido pelo presidente Lula, que convocou a reunião regional com o objetivo de discutir alternativas para a retomada do processo de integração regional.